Devemos juntar tesouros onde nada possa corromper, isto é,
onde á traça e a ferrugem não possa corroer e aonde o ladrão não venha furtar (Mt 6, 19-22). Isso é o
que está escrito na Sagrada Escritura. Por isso falamos de preocupações
exageradas. Preocupar-se com o exagero é preocuparem-se com as coisas
terrenas; coisas materiais, coisas que terão seu último fim no pó, ou seja,
coisas que são perecíveis.
A Sagrada Escritura vem nos exortar a respeito desses exageros: devemos
buscar as coisas do alto, as coisas do céu. Observando o mundo de baixo para
cima, podemos ver o quanto é extenso o nosso planeta terra, e como é imenso o
nosso “céu-do-céu”. Mas não é esse "céu-do-céu" que estamos buscando. O “céu-do-céu” é, para nós, o céu que vemos ao olhar o nosso planeta
da plataforma terrestre para as extremidades, as alturas.
O céu que sonhamos está para além dos sentidos e percepções
humanas. Um céu que só teremos acesso com as nossas boas obras; um céu aonde só
a alma pode chegar e não o corpo, a matéria. O nosso tesouro está onde está o
nosso coração! Aonde desejaria está o nosso coração, senão naquele que criou o
céu e a terra? Através dos nossos olhos podemos contemplar todas as coisas
daqui da terra, mas não devemos deixar que estas paixões nos corrompa, por que
a carne deseja. O desejo da carne é o pecado, e o pecado em excesso não nos
livrará do fogo do inferno. Cuidado! O nosso olho pode ser o “ladrão” da
nossa alma.
Rogério Ivan Souza de Aguiar
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