sexta-feira, 3 de junho de 2011

Pe.Zezinho,scj.




José Fernandes de Oliveira, ou padre Zezinho, scj, 65 anos, é o pioneiro da canção religiosa. Possui 117 álbuns gravados no Brasil e no exterior, totalizando mais de 1.600 canções, algumas com versões em cinco línguas. Como escritor, padre Zezinho publicou 84 livros e escreveu pelo menos 1,2 mil artigos em jornais e revistas. Calcula-se que tenha se apresentado em mais de dois mil shows e conferências, além de atuar em vários programas de rádio e televisão.


Como começou sua carreira de cantor e compositor?

Não houve projeto nem sonho. Quando estudava nos Estados Unidos em 1964, compus um Pai Nosso em inglês e, mais tarde, algumas canções em português que agradaram. Os jovens da paróquia-santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara, em São Paulo, onde comecei meu ministério no Brasil, passaram a tocá-las, coreografá-las e cantá-las em missas e encontros. A gravadora das Paulinas ouviu falar. Irmã Maria Nogueira, a diretora, me convidou a gravar as canções que ouvira numa das missas, e o resto já se sabe. Passei a caminhar nessa direção. Deu-se o mesmo com o rádio, livros e televisão. Alguém me viu falando ou cantando, gostou e me convidou. Eu consultei meus superiores, aceitei e fui aprendendo. Nunca fiz marketing, nem procurei a mídia. A mídia me procurou e ainda procura.

Por que o título do primeiro LP “Estou pensando em Deus”?

Era uma das canções mais cantadas pelos jovens na paróquia. Achei que seria um bom começo. Continuo fazendo uma catequese que ajude a pensar. Canto mais para a cabeça do que para a emoção, embora algumas canções arranquem lágrimas. Quase 40 anos depois, continuo cantando “Sentado e pensativo” e “Eu penso em Jesus”. Um dos meus livros mais recentes se chama: “Cada vez que eu penso em Deus”. Para mim, crer supõe sentir, mas o bem-sentir depende do bem-pensar.

“Um certo Galileu” conta a vida e a missão de Jesus. Com qual objetivo o senhor escreveu essa canção?

Lembra o Jesus histórico e o Jesus da fé. Na mesma época, fiz outras canções que falavam de Jesus de Nazaré, o rabino assassinado e do Cristo de Deus, o Filho ressuscitado. Estudei Teologia nos Estados Unidos lendo Hans Küng, Tillich, Bultman, Barth e Rahner. Discutia-se muito sobre o Cristo histórico e o Cristo da fé. Fiz umas 20 canções mostrando os dois enfoques. “Um certo Galileu” foi a que mais caiu no agrado do povo e das mais diversas igrejas. É ecumênica!


                                      Texto escrito por/ Pe.Zezinho,scj. Tirado do site do Padre!





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