terça-feira, 26 de novembro de 2013

O Leigo também constrói o Reino de Deus


A Igreja de Cristo tem como principal missão promover sinais do Reino de Deus aqui na terra. Com o Concílio Vaticano II (1962-1965), resgatou-se uma visão fundamental de quem são os protagonistas da missão. Todos os batizados em Cristo são chamados a contribuir para essa missão de denunciar as injustiças e anunciar a boa-nova. Não é preciso ser um clérigo consagrado para ser operário nessa obra.
O protagonismo do leigo na evangelização, hoje, é concreto e indispensável. Isso não pela escassez de vocações consagradas, mas por ser também uma vocação em si. Se analisarmos profundamente o leigo e suas atividades paróquias, constataremos que uma boa parte das atividades (pastorais e movimentos) da vida de uma paróquia ou comunidade são animadas e conduzidas pelos leigos. Seu papel é incontestável e insubstituível: desenvolvem iniciativas, mantém a comunidade viva já que, na maioria dos casos, a presença dos padres é temporária como, também, são formadores das escolas humana e aplicam estudos e formação, capacitando novas lideranças e agentes.
Postura de vida na sociedade é um enorme desafio: construir a Igreja fora da Igreja. Viver aquilo que se proclama na palavra de Deus em um mundo secularizado e sustentado por desvalores não é fácil. Assim, como Jesus, o povo é convocado a anular os males que afligem e corrompem o coração do homem. Essa ação não é mágica e, de fato, requer muita disposição. Ela se realiza, no mundo da política, com cidadãos conscientes do significado do voto e que acompanham os acontecimentos, denunciando injustiças, como á miséria, a precariedade na saúde e á corrupção, opondo-se sempre às práticas que vão de encontro à Palavra de Deus.
Família, um testemunho de vida edificante. Vivemos numa era em que homens e mulheres supervalorizam o exemplo: Anunciar com palavras é insuficiente para edificar algo ou alguém. E, por isso, a instituição familiar (pai, mãe e filhos) pode ser uma chave para as portas da nova sociedade. Uma convivência enraizada na participação na comunidade, no diálogo familiar, na partilha da vida, na busca do crescimento mútuo é um modo profundo de experimentar vestígios desse esperado reino de Deus e suscitar em outros corações este desejo.
Escrito por/ Everson Carlos, Barra Mansa, Rj.

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